Até aqui a atual administração já pagou R$ 13 milhões dos restos a pagar herdados, ou seja, das dívidas atrasadas que somam ainda mais de R$ 30 milhões.
Segundo o prefeito Elizeu Mattos, há uma preocupação agora em estudar o comportamento da arrecadação e se for o caso, pedir uma moratória de dois meses do pagamento dessas dívidas.
Primeiro porque a queda do Fundo de Participação dos Municípios do mês de junho foi de 20% e, conforme a Confederação Nacional dos Municípios, no mês de julho vai cair mais 16% e está pedindo aos gestores prudência na execução de suas despesas, pois historicamente, no 2º semestre, o desempenho do FPM é menor. Segundo, está essa dificuldade em prever o que entrará em caixa até dezembro.
É preciso se precaver para não ser pego de surpresa e os prefeitos se verem sem dinheiro para as despesas de final do ano, especialmente o pagamento do 13º salário.
Elizeu explica, contudo que essa moratória de 60 dias vale apenas para as dívidas de restos a pagar que não foram parceladas ainda, “não temos intenção de passar calote em ninguém, precisamos apenas de um fôlego para fazer frente às despesas diante desses quadro resultante da queda da arrecadação,” disse ele.
A moratória não se refere, por exemplo, as dívidas com os hospitais que já foram parceladas e estão sendo pagas em dia. Por isso mesmo que, a portaria está pronta, esperando para ver como realmente a arrecadação se comportará nesse último mês, diante da advertência da Confederação.
Ainda bem que a queda da arrecadação não terá reflexo nas obras em andamento uma vez que são tocadas com recursos federais ou estaduais, mas a prefeitura não tem condições hoje de fazer nenhum convênio que exija contrapartida porque não dispõe de folga em caixa para isso, segundo o prefeito.