Lages 2050 planejará a cidade e a ocupação do espaço urbano

 

 

 

 

Na 5ª Conferência Municipal das Cidades realizada sábado, em Lages, o arquiteto do Seplam, Rafael Fornari Carneiro abriu os trabalhos falando a respeito das ações que pretendem desenvolver no setor. Observou que com a explosão urbana ocorrida nas últimas décadas fez com que as cidades crescessem de forma desordenada. Destacando inclusive que nós que vivemos em Lages não conseguimos visualizar o quando ela se modificou ao longo dos anos. 

 

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“A cada 10 anos a população dobrava e a cidade ia se expandindo desordenadamente, criando problemas sérios para o abastecimento de energia, água e de infraestrutura. Agora precisamos parar e tentar reorganizá-la, através do planejamento”,destacou ele.

 

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O secretário do Planejamento, Jorge Raineski explicou que o primeiro passo será criar uma oficina permanente para no prazo máximo de um ano, discutir o futuro de Lages.

 

Conselho será reativado

Além disso, ainda nesse primeiro semestre será reativado o Conselho do Plano Diretor. Outro encaminhamento é a atualização cadastral do tecido urbano, com o georreferenciamento, onde “vamos descobrir que há entre 20 a 30 mil construções irregulares”, prevê Rafael.

 

Ruas padronizadas

 

Também já está em andamento a elaboração do programa “Rua Feliz”, que prevê a padronização das vias. Hoje a pavimentação ou abertura de rua é feita de forma aleatória. O resultado é que cada rua tem dimensão diferente, cada calçada é de um tamanho. Agora se estabelecerá padrões.

 

Ciclovias conectadas

 

Esse planejamento passa também pela elaboração do mapa das ciclovias. Elas têm de se conectarem e obedecerem uma lógica para justificar sua implantação. Não há sentido se fazer uma ciclovia isolada onde o usuário tenha de vencer obstáculos para acessá-la. Na lista das tarefas ainda constam o concurso público de arquitetura do Mercado Público e a revitalização do centro da cidade. Nesse último está inclusa a reforma da Praça João Costa, com a sua ampliação a partir da demolição do colégio Aristiliano Ramos. 

 

 

Mais um furo

 

Durante a conferência, na exposição dos projetos em andamento para o centro da cidade chegou-se a questão da Via Gastronômica cujo projeto já foi exibido há mais de dois anos. Como o governador liberou recursos para a implantação da rede de energia subterrânea se deu início ao processo de licitação.

 

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Nem na maquete eletrônica constam as luminárias

 

Descobriu-se, contudo, que esse projeto da via gastronômica era apenas uma maquiagem. Uma bonita maquete, que não previa sequer a colocação dos postes, segundo o secretário Jorge Raineski.

Além de significar uma alteração no custo da obra, é preciso planejar onde ficarão as luminárias, e por onde correrão as demais redes, como da telefonia, TV a cabo, etc que hoje também estão nos postes, cujas empresas têm de estar cientes e acompanhando o processo. 

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