Em assembleia realizada terça-feira à noite, os servidores municipais decidiram pela paralisação a partir de segunda-feira. Não aceitaram a proposta do executivo da concessão de um abono de R$ 122,00 a partir de junho.
Em princípio esse abono excluiria os contratados e os inativos. Mas pouco antes da assembleia o prefeito enviou documento á direção do sindicato estendendo a todos. A decisão tirada em assembleia não foi unanimidade.
Muitos servidores presentes entendem que seriam beneficiados com o abono, especialmente os que ganham o salário mínimo. Quem ganha na faixa dos R$ 600,00 opta pelo abono, pois sabe que por melhor que seja o índice de reajuste não chegará a esse valor. Para quem está nessa faixa salarial o abono é vantajoso.
Observava alguns funcionários presentes à assembleia que a maioria que optou pela paralisação são aqueles com salários mais elevados, para quem, R$ 122,00 não faria muita diferença em seus vencimentos.
Creio que o sindicato tem de trabalhar especialmente para esses servidores que hoje não recebem sequer o salário mínimo regional. Nesse caso, o melhor seria aceitar esse abono, negociando apenas para que seja concedido já e com o compromisso de que a partir de uma data X seja incorporado ao salário.
Se não tentarem negociar a partir desse abono, quero crer que, pelos depoimentos que eu ouvi, pode haver muito barulho, mas nenhum dos funcionários de salários inferiores irá aderir ao movimento grevista.
Na conversa mantida com o prefeito Elizeu Mattos esse garantiu que o abono será incorporado ao salário o ano que vem. Apenas a questão da antecipação do pagamento para maio ficou de ser estudado pelo financeiro.
Segundo o prefeito, o projeto autorizativo será enviado à Câmara na segunda-feira mesmo se desistirem da greve, é claro!