Na quarta-feira tivemos duas informações importantes a respeito do aeroporto regional de Correia Pinto. A primeira delas veio do governo estadual, pois o governador Colombo recebeu do Comando da Aeronáutica documento homologando o processo de implantação do aeroporto.
Com esse documento ele dará entrada, junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ao pedido de liberação do aeroporto para os voos. A segunda informação é de que está na lista dos aeroportos brasileiros – só dois de SC – que terão prioridade na liberação de verbas para obras de ampliação e conclusão a partir de 2017.
Recursos virão de um fundo específico (FNAC) que até 2020 receberá R$ 300 milhões por ano. “Esse documento informa ao governo que a nossa parte está tudo certo e agora foi para a Anac. É uma grande conquista porque esse processo é longo, demorado e precisa atender uma série de exigências”, disse o governador Raimundo Colombo ao receber a informação da Aeronáutica, na quarta-feira.
De fato, é apenas o início do processo.
Vimos o quanto a Anac,- que é quem ,de fato, libera os voos – foi exigente para autorizar as operações no aeroporto local. Isso porque as mudanças na legislação em dezembro do ano passado, tornou o processo muito mais complicado.
As exigências aumentaram sobremaneira, a ponto de alguns especialistas observarem que o aeroporto regional terá de passar por uma série de obras antes que isso aconteça.
Tanto que o projeto já está lá em Brasília. As alterações exigidas vão desde do recuo da cabeceira de pista, a sua ampliação – tanto na largura como em seu comprimento – como no restante dos equipamentos do aeródromo.
A pista é praticamente igual à do aeroporto de Lages – tem apenas 1.800 metros de cumprimento por 30 metros, quando deveria ter, pelo menos 2.000 metros de comprimento e 45 metros de largura. Portanto, o projeto do aeroporto regional é antiquado para os moldes atuais, tem pista estreita, e sem recuo na cabeceira oeste, exigências que não passarão na avaliação da Anac, me disse um especialista.
Já se gastou mais de R$ 40 milhões e não se sabe ainda o quanto mais serão investidos para o vermos em operação.
O governador já antecipou o fato: o processo de liberação será longo e certamente não será em seu governo que isso acontecerá.