Candidatos precisam se comprometer a cumprir todo o mandato

 

 

 

Como parte da campanha Serrano Vota em Serrano, o Fórum das Entidades Empresariais elaborou um documento apresentado a todos os candidatos para que, aceitando as condições, o assine.

 

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Segundo o presidente da Acil, Luiz Spuldaro, “só assinará quem quiser. Não há nenhuma imposição”.

 

Os compromissos elencados

 

Ao assinar o documento, se comprometem a “trabalhar incansavelmente pelos interesses da Serra pelo seu desenvolvimento, pela diminuição da carga tributária, pela otimização dos recursos públicos; pela diminuição da burocracia; na defesa dos interesses da comunidade serrana; na busca de novos investimentos públicos ou privados; na qualificação de mão-de-obra e na defesa dos empregos”. Mas em primeiro lugar na lista dos compromissos, o fórum estabelece a obrigatoriedade de “cumprir totalmente o mandato”. 

 

Pelo que sei, nenhum assinou ainda mas, dos dois que consultei – Fernando Coruja e Gabriel Ribeiro –, nenhum se negará a assinar, porque não têm intenção de deixar o mandato para concorrer na próxima eleição. Tal medida é totalmente desnecessária. Mesmo que por contingências políticas estejamos hoje sem um deputado estadual porque o único que tínhamos concorreu a prefeito e venceu, não vejo que esse seja um problema.

 

 

Para quem atua na política sabe que um cargo leva a outro e, é na condição de eleito, que as oportunidades surgem. Portanto, acho que tal imposição não contribui em nada para garantir ou melhorar nossa representação.

 

Para o candidato que hoje assine tal documento tem de ter consciência de que ele poderá servir como elemento para uso dos adversários, caso, antes de findado os quatro anos de mandato, surja uma oportunidade para galgar novo cargo eletivo.  

Nada a temer para aqueles que não dão importância alguma ao que promete ou deixe de prometer por força da campanha. Para os que consideram o cumprimento total do mandato como fato imprescindível, convido a fazer uma reflexão sobre a trajetória de nossos principais representantes. Irá confirmar que foram ganhando posição de eleição em eleição.

 

Acham, por exemplo, que teríamos hoje um governador lageano, se Raimundo Colombo não tivesse deixado o mandato de prefeito para concorrer ao Senado? E depois teria chegado ao governo se não tivesse deixado o senado – mesmo sendo o único senador de SC – para concorrer ao governo?

 

Spuldaro contesta

 

Luiz Spuldaro contestou a nota informando que o cumprimento do mandato não se aplica quando deixa um cargo para dar um upgrade na carreira, como no caso da candidatura ao Senado.

“Isso não se aplica a candidatura a prefeito. Não precisa deixar um mandato para disputar o cargo de prefeito. Nesse caso, qualquer um pode ser candidato”, disse ele.

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