Expulsão do deputado Sargento Soares foi anulada
O juiz titular do Tribunal Regional Eleitoral, Hélio do Valle Pereira, julgou procedente o pedido para anulação de todos os atos disciplinares realizados pelo PDT contra o deputado Sargento Amauri Soares. Refere-se ao mandato de segurança movido pelo deputado questionando sua expulsão do partido.
A decisão ocorreu no último dia 8. O entendimento do magistrado é que houve irregularidade na formação de uma Comissão de Ética excepcionalmente, apenas para julgar o deputado. Passou por cima do estatuto do partido para atendeu ao seu propósito: punir o deputado por ousar não seguir às determinações arbitrárias de interesse de algumas lideranças da executiva.
Mesmo que isso significasse ao partido a perda de sua única cadeira na Assembleia. Hoje o deputado integra os quadros do PSOL e o resultado da ação não deverá anular sua decisão. Porque, quando de sua expulsão, se disse aliviado.
Até comemorou a desvinculação de seu nome de uma legenda que, disse ele, “proporciona mais manchetes por episódios de suspeita de corrupção envolvendo dirigentes do que pela defesa de qualquer posição respeitável”.
Observou que há tempo não estava concordando com “o caminho do fisiologismo que o PDT vinha trilhando”. Em seu parecer, o juiz observou que a expulsão do deputado não atendeu ao que determina o estatuto do PDT que prevê a existência de uma Comissão de Ética instituída e formalizada em convenção.
Não a tendo, a executiva da sigla chamou alguns membros do partido mais chegados e montou a comissão unicamente para o julgamento de Soares, se assemelhando a “um tribunal de exceção”, portanto ilegal, no entendimento do magistrado. Certamente, o deputado Soares se sente de alma lavada diante do resultado de sua ação.