Audiência pública discutiu a reenturmação nas escolas estaduais

 

 

 

“Isso serve para que vocês pensem bem quando forem votar, porque nos estamos aqui apenas atendendo a uma lei, que não foi criada por nós, e que somos obrigadas a executar. Sabemos que há salas que não comportam algumas turmas que foram reunidas com a reenturmação,” admitiu a gerente de educação da Gered, Rosa Barbosa, durante audiência pública realizada quinta-feira, a pedido dos vereadores Marcius Machado e David Moro para discutir o assunto.

 

A informação é de que as escolas estaduais estavam amontoando alunos para eliminar turmas pequenas, em salas apertadas, e atender a determinação da reenturmação estabelecida pela Secretaria da Educação. Já a supervisora, Marilene Amarante, garante que há apenas dois casos em que as turmas têm mais de 40 alunos – uma turma na escola Rubens de Arruda Ramos e outra na Belizária Ramos -, mas a professora Fátima Ogliari estava nesse mesmo dia em Florianópolis para discutir solução para os dois casos.

De resto, garante ela, as turmas têm pouco mais de 30 alunos, o que é negado pelos estudantes que lá estiveram.  O representante do Grêmio Estudantil do Colégio Industrial assegura que as salas não comportam o número de alunos resultantes da reenturmação, sem falar nas condições das salas “caindo aos pedaços”. “Ou investe na educação agora ou em segurança depois”, disse Alisson, da escola Ilze Amaral.

 

Para Rosa Barbosa, em alguns casos se resolve apenas com a gestão do problema: “se a sala é muito pequena para comportar os alunos é dever da direção trocar para outra com maiores dimensões”.

 

O vereador Juliano Polese, como integrante da Comissão de Educação, propôs a visita às escolas para verificar in loco as condições em que estão esses alunos reenturmados. Parece que a reclamação maior por parte dos pais se referem a mudança dos turnos, uma vez que já organizaram suas vidas em função dos horários que os filhos estão na escola. O que me chama atenção é a informação da Gered de que isso é feito anualmente, após o início dos semestres. Mas então, por que somente agora isso gerou tamanha polêmica?

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