Matéria publicada no Jornal Popular sobre o médico Walmir Luciano

Hospital e Maternidade Santa Cecília

REUNIÃO ENTRE FUNCIONÁRIOS E DIRETORIA DA ENTIDADE FOI MARCADA POR NOVAS MANIFESTAÇÕES

Funcionários pedem o afastamento do Presidente do Hospital e Maternidade de Santa Cecília

Por Giovane Galvan

A reunião na noite desta Quarta-Feira (20), na Câmara de Vereadores de Santa Cecília, foi marcada por protesto dos funcionários, que pediram desta vez o afastamento imediato do Presidente da Instituição Geraldo Padilha. Na reunião esteve presente Jânio Silva, presidente da Federação Estadual dos Funcionários da Saúde e Leodália Aparecida dos Santos, Presidente do Sindicato Regional dos Trabalhadores da Saúde, e primeira secretária da Federação, que reportaram o pedido dos Funcionários do Hospital.

A reunião foi marcada na última Sexta-Feira (15), com o intuito de que os funcionários do Hospital e Maternidade de Santa Cecília fossem ouvidos, já que na reunião anterior, foi solicitado através de manifestação dos funcionários, o afastamento imediato do Médico Psiquiatra e Responsável técnico da entidade, Walmir Martins Luciano, com acusações por parte de funcionários e pacientes, de ser sua conduta inadequada, e de que eram frequentes os maus tratos para com os funcionários e pacientes. Na reunião de sexta-feira, a presidência pediu paciência dos colaboradores, e a permanência do Médico Psiquiatra pelo prazo máximo de trinta dias, até que fosse encontrado outro profissional e que este não onerasse as finanças da entidade que vem passando por instabilidade devido o parcelamento de dívidas antigas, como energia elétrica, tributos trabalhistas débitos com fornecedores dentre outros.

A medida veio em detrimento à manifestação feita pelos funcionários, e conforme o Presidente da entidade a situação complicou-se com a pressão por parte da imprensa e pela internet, que segundo ele, fez com que a decisão do Médico em deixar o Hospital fosse imediata, causando então maior instabilidade, sendo que os quase sessenta pacientes internos na Ala Psiquiátrica do hospital não poderiam ficar desistidos de um psiquiatra.

A reunião nesta Quarta-Feira foi cercada de discussões, o Presidente da Entidade foi vaiado diversas vezes pelos funcionários, que pediam seu afastamento da presidência. Com a palavra os membros da diretoria fizeram suas considerações mediante a situação do hospital, salientando a ilegalidade, a falta de respeito com o ser humano, a importância da entidade e seus números, mas que o hospital aparentava ser um estoque de seres humanos, cujo único interesse era manter as finanças do hospital.

Os Funcionários se mostraram acuados, porém alguns membros da diretoria fizeram ressalvas, manifestando-se a favor da mais rápida resolução dos problemas. O administrador da entidade Anderson Cesar Teles Bastos e o presidente fizeram apresentação da Situação Financeira em que se encontra a entidade, salientando que é necessário que os débitos sejam quitados a fim de se retirar as negativas em nome da entidade, pra que sejam repassadas verbas e subvenções estaduais e federais ao hospital, que é entidade filantrópica, e que tem como único incentivo Municipal um repasse de 30 mil reais mensais, que ajuda a equilibrar as finanças.

Anderson salientou que são diversos os problemas que acercam a entidade, a ameaça de aprovação de um projeto de redução de carga horária dos enfermeiros, que sem contrapartida do Estado pode piorar a crise financeira do Hospital.
Conforme o Presidente, o Hospital funcionava de forma irregular. “Era a única maneira de manter a saúde financeira do hospital, foi tomado conhecimento então da Portaria 148 (Em breve a integra do conteúdo da portaria será repassada), que tem como conteúdo, uma maneira de regulamentar as questões legais do hospital, que se adequaria a norma exigida pela Superintendência Estadual da Saúde Mental, que fixa a quantidade máxima de 17 leitos para a Ala Psiquiátrica, sendo que destes 17 leitos, nos primeiros sete dias de permanência dos internos, se pagaria a entidade uma diária de cerca de R$ 300, após os sete dias, o valor repassado seria de R$ 100, e posterior ao décimo quinto dia de permanência do interno o valor seria de R$ 57 reais. Sendo então, que se adequando a esta portaria o Hospital poderia equilibrar as finanças, mantendo um número reduzido de pacientes”, relata Geraldo.

Outras denúncias também deram conta de que a filha do Médico Psiquiatra, Dr. Walmir, Adriana Luciano teria excluído do computador do Hospital todas as prescrições médicas, prejudicando o trabalho os profissionais. O Administrador Anderson salientou que não existem mais condições de trabalhar ao lado do Presidente, estando amparado por quase a totalidade dos funcionários que pediram seu afastamento. Conforme o Vereador Natalício de Jesus Rodrigues de Souza, também funcionário do hospital o presidente teria passado desde a última reunião, a prejudicar a entidade. Os membros da diretoria deram como resolvido o problema do médico psiquiatra, já que por conta própria o mesmo tenha saído na mesma noite da reunião, e informaram que já tem prevista a vinda de dois Médicos Psiquiatras, que chegarão no domingo, farão uma visita ao hospital, e que o administrador acompanhado da diretoria em comum acordo, farão a contratação dos profissionais, que já se mostraram a favor de permanecerem no mesmo regime de remuneração que o antigo médico, que recebia por produção, ou seja, quando mais pessoas são internadas, mais o médico ganha.

Conforme a Primeira Dama, Sandra Popinhak Scariot, esta foi uma maneira de estocar seres humanos na Ala Psiquiátrica do Hospital.

 

Em tempo:

 

O fato aconteceu no dia 20 de março. Consta que o médico Walmir Luciano é vice-prefeito de Bocaina do Sul e trabalha no Hospital de Santa cecília

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