Referência no Brasil pela variedade e qualidade dos seus serviços e profissionais, o único hospital veterinário público de Santa Catarina está prestes a paralisar os atendimentos. Localizada no Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Udesc, em Lages, na Serra, a instituição está com o seu estoque de materiais de expediente praticamente vazio, e o pouco que sobra é o suficiente apenas até a próxima sexta-feira.
Em funcionamento desde a fundação do CAV, há quatro décadas, o hospital veterinário funcionou até poucos anos atrás com recursos da Fundação Instituto de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fiepe), que recebia o dinheiro pago pelos clientes e respondia com investimentos. O objetivo do acordo, existente desde 1988, era diminuir a burocracia nas questões que envolvem o hospital, possibilitando compras e contratações sem licitação.
No entanto, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) entendeu que todos os recursos gerados na instituição deveriam ser repassados ao governo do Estado que, por sua vez, precisaria fazer a sua manutenção. Assim, o vínculo com a Fiepe foi encerrado e os procedimentos passaram a ser pagos pelos clientes por meio de boletos bancários, com a verba entrando em uma conta do governo e voltando para a Udesc, mas não necessariamente para o hospital veterinário. A mesma situação, inclusive, proporcionou o fechamento da emergência há exatos cinco anos.
Por esse motivo, diz o diretor geral do CAV, professor Cleimon Dias, em novembro era licitado o material a ser utilizado já no início do ano seguinte. Isso ocorreu normalmente até 2011, mas desde julho de 2012, segundo Cleimon, o governo do Estado vem repassando menos que o previsto para a instituição e, em novembro, quando a direção do CAV foi antecipar a licitação para 2013, o processo não foi possível porque não havia dinheiro.
O custo do hospital veterinário com materiais como agulhas, anestésicos e medicamentos é de R$ 180 mil por ano. Para que os atendimentos não sejam encerrados nesta semana é necessário um investimento emergencial de R$ 51 mil, mas isso é impossível sem licitação.
Na última segunda-feira, foi lançado o edital abrindo a concorrência para a aquisição de R$ 140 mil em produtos, o que, segundo o diretor geral do CAV, é suficiente para todo o restante do ano. As propostas devem ser abertas na próxima semana, e a expectativa é de que o material chegue em aproximadamente um mês. Até lá, o hospital deve ficar sem atender ninguém, comprometendo, inclusive, as aulas práticas dos 400 acadêmicos do curso de Veterinária.
Serra Catarinense é centro de excelência em veterinária no Brasil
O hospital veterinário de Lages realiza cinco mil atendimentos por ano de animais de pequeno e grande porte vindos de todo o Estado, inclusive silvestres e de zoológicos. Do total, 30% são gratuitos — para animais abandonados ou de famílias carentes.
A instituição é referência no Brasil por abranger todas as áreas de atendimento, com procedimentos como consultas, cirurgias eletivas e de fraturas, castrações, ecocardiograma, radiografia, ultrassom, anestesiologia, oftalmologia, dermatologia, fisioterapia, oncologia e acupuntura, além de profissionais altamente qualificados.
Em funcionamento desde a fundação do CAV, há quatro décadas, o hospital veterinário funcionou até poucos anos atrás com recursos da Fundação Instituto de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fiepe), que recebia o dinheiro pago pelos clientes e respondia com investimentos. O objetivo do acordo, existente desde 1988, era diminuir a burocracia nas questões que envolvem o hospital, possibilitando compras e contratações sem licitação.
No entanto, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) entendeu que todos os recursos gerados na instituição deveriam ser repassados ao governo do Estado que, por sua vez, precisaria fazer a sua manutenção. Assim, o vínculo com a Fiepe foi encerrado e os procedimentos passaram a ser pagos pelos clientes por meio de boletos bancários, com a verba entrando em uma conta do governo e voltando para a Udesc, mas não necessariamente para o hospital veterinário. A mesma situação, inclusive, proporcionou o fechamento da emergência há exatos cinco anos.
Por esse motivo, diz o diretor geral do CAV, professor Cleimon Dias, em novembro era licitado o material a ser utilizado já no início do ano seguinte. Isso ocorreu normalmente até 2011, mas desde julho de 2012, segundo Cleimon, o governo do Estado vem repassando menos que o previsto para a instituição e, em novembro, quando a direção do CAV foi antecipar a licitação para 2013, o processo não foi possível porque não havia dinheiro.
O custo do hospital veterinário com materiais como agulhas, anestésicos e medicamentos é de R$ 180 mil por ano. Para que os atendimentos não sejam encerrados nesta semana é necessário um investimento emergencial de R$ 51 mil, mas isso é impossível sem licitação.
Na última segunda-feira, foi lançado o edital abrindo a concorrência para a aquisição de R$ 140 mil em produtos, o que, segundo o diretor geral do CAV, é suficiente para todo o restante do ano. As propostas devem ser abertas na próxima semana, e a expectativa é de que o material chegue em aproximadamente um mês. Até lá, o hospital deve ficar sem atender ninguém, comprometendo, inclusive, as aulas práticas dos 400 acadêmicos do curso de Veterinária.
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O hospital veterinário de Lages realiza cinco mil atendimentos por ano de animais de pequeno e grande porte vindos de todo o Estado, inclusive silvestres e de zoológicos. Do total, 30% são gratuitos — para animais abandonados ou de famílias carentes.
A instituição é referência no Brasil por abranger todas as áreas de atendimento, com procedimentos como consultas, cirurgias eletivas e de fraturas, castrações, ecocardiograma, radiografia, ultrassom, anestesiologia, oftalmologia, dermatologia, fisioterapia, oncologia e acupuntura, além de profissionais altamente qualificados.