Por iniciativa de deputados estaduais e do governo, já está marcada uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir a respeito das filas do SUS, que segundo o deputado Fernando Coruja (Podemos) as pessoas reclamam que aumentou muito e ninguém está sendo atendido em nada. Tanto que há uma lei tramitando na Assembleia limitando em 120 dias o prazo máximo de espera para a realização de exames.
“Você não precisa ir ao posto de saúde para ser atendido na realização de um exame pelo SUS. Se você chegar com uma autorização o SUS tem de autoriza-la. O SUS não quer saber se foi atendido por um médico particular ou não”, diz o deputado Fernando Coruja (Podemos). Explica que o único motivo que faz as prefeituras municipais restringir os exames é para não gastar.
Reconhece porém que é preciso estabelecer algumas regras. Lembra que ao dar uma palestra aos residentes de um hospital público, disse que “um médico recém formado com um bloco de receitas na mão é um perigo para a sociedade. Porque pede 500 exames e ao invés de resolver o problema, cria um problema”.
Entende que a questão da porta de entrada do SUS precisa ser discutida. Lembra que, como médico, trabalha muito no final de semana e agora não poderá mais atender porque não pode pedir sequer um exame. Isso que ele é médico do Ministério da Saúde, mas está licenciado. “Imagina se a prefeitura tiver de contratar todos os médicos que um sindicato disponibiliza hoje. Certamente não iria dar conta”, explicou ele.
O próprio secretário estadual de Saúde, Acélio Casagrande observa que não se está satisfeito com o Sisreg, que regula as internações hospitalares, por exemplo, tanto que está até tratando da substituição do programa, porque ele trava muito o processo. Concorda com Coruja de que todo este assunto precisa ser melhor discutido.