A mesa da Câmara deverá apresentar projeto alterando o Código de Ética do Legislativo de Lages. Na realidade, está acrescentando o que foi deixado de fora quando instituído.
É uma cópia fidedigna do Código de Ética da Câmara de Florianópolis, só que contém apenas parte dele.
O código de Florianópolis tem 31 artigos, mas os vereadores de Lages, quando o copiaram, só o fizeram até o artigo 22, deixando o restante. Agora a mesa decidiu complementá-lo.
Cópias foram distribuídas, semana passada, nos gabinetes para que os vereadores lessem e opinassem.
As primeiras sugestões era para que fosse eleita uma Comissão de Ética fixa, mas a ideia não ganhou sustentação, uma vez que complicaria se um dos membros fosse alvo de investigação e julgamento.
Pela proposta aceita, a escolha continuará sendo feita por sorteio e a comissão será formada quando convocado o conselho e, ao invés de três membros e dois suplentes, terá cinco membros a partir da aprovação das mudanças.
É de se questionar a razão de tratar esta questão exatamente agora, no final do mandato e estando em véspera de recesso. No dia 13 de dezembro será a última sessão desta legislatura, a não ser que haja convocação extraordinária, mas muito provavelmente não acontecerá.
Creio que deverá ficar em aberto para que os vereadores que assumem em 1º de janeiro deem continuidade ao processo, se entenderem necessário.
Juliano abre processo administrativo na Câmara
Há quem ligue a iniciativa ao episódio envolvendo o vice-prefeito eleito, Juliano Polese e a vereadora Aidamar Hoffer.
Ainda na semana passada ele solicitou a abertura de processo administrativo para apurar a situação em que Aidamar Hoffer disse que foi agredida e ameaçada pelo vereador.
Hoje, quarta-feira, serão ouvidas testemunhas do episódio em que a vereadora disse que foi agredida.
Na opinião de quem acompanhou o caso, Juliano objetiva reunir provas, caso Aidamar cumpra o prometido de levar ao crivo da justiça. Não é inteiramente descartada a hipótese de que as mudanças no código estejam ligadas a este fato, mesmo porque, já em outras ocasiões a vereadora tinha sido ameaçada de ser submetida à Comissão de Ética.