Achei muito interessante o que colocou o secretário do Planejamento, Jorge Raineski com relação ao Instituto do Planejamento.
Ele informou que para a implantação do mesmo eram necessários dois passos:
1. o primeiro deles era a atualização do cadastro imobiliário de Lages para “trazer a cidade para uma visão real” e, encima disso, poder retomar o Plano Diretor;
2. …para só depois implantar o instituto.
Entende que o georreferenciamento foi uma contribuição extremamente importante, pois “tínhamos até então um cadastro desenhado a lápis”.
Com ele, explica, a cidade foi redesenhada, pois 40% dos imóveis estão hoje diferentes do que havia ainda no cadastro da prefeitura:
“do registro feito à trena, temos hoje um levantamento milimétrico de cada palmo da área urbana”.
Em área construída, houve um acréscimo de 30%. O cadastro ainda não está totalmente concluído, faltando ainda de 10% a 12% do trabalho por ser feito, o que deve acontecer em, no máximo, até dezembro. Segundo o que informou o secretário,
“só corrigindo o que não estava sendo cobrado, o georreferenciamento já se pagou”.
Para citar os avanços, ele lembra que o Conselho do Plano Diretor que estava inativo foi reativado nesta gestão e a partir de então, diante das novas e atualizadas informações, passa a ter um papel importante no processo de expansão da cidade.
Instituto dentro do Órion Parque
O Instituto do Planejamento de Lages está sendo escrito e formatado, através de inúmeras reuniões com os profissionais da área. Raineski diz que na semana passada houve um avanço grande, com a decisão de instalá-lo dentro do Órion Parque. Entende que o instituto pode provocar a geração de novas tecnologias e as empresas e profissionais que atuam no Órion podem desenvolver os projetos, um ajudando e estimulando a ação do outro.
Ele cita o exemplo: no Órion Parque poderá ser desenvolvido um pequeno aparelho que, instalado no veículo, passa a fornecer todos os dados, quando este passa no semáforo. Com isso dispensaria o trabalho caro, demorado e rudimentar da contagem, para se obter as informações sobre o trânsito e o sistema viário e, com essas informações, planejar o trânsito.
Assim também, é possível desenvolver novas ferramentas para a atualização periódica das informações cadastrais que se obteve através do georreferenciamento, ”criando até modelos que possamos exportar para o Brasil e para o Mundo”, diz ele.
O que se pretende, através disso, é atender ao modelo da smart city, ou “cidades inteligentes”, em que se usa a tecnologia para a projeção de cidades mais humanizadas e eficientes.