O palestrante do Sede Serra, o presidente do conselho da empresa Marisol, de Jaraguá do Sul, Vicente Domini, lembrou o caso da instalação da Sinotruk em Lages, “com a qual se gastou tanta energia sem resultado algum”, disse ele.
Para você ver que já está até virando gozação para o pessoal de fora.
Destacou que é a própria sociedade organizada que tem de buscar as transformações necessárias no seu município.
No modelo com que está empreendendo em São Joaquim com a participação cidadã, junto com mais 127 outras lideranças locais. Não há dúvida que é esse o caminho.
Ele agora adotou São Joaquim e deverá investir R$ 15 milhões no projeto previsto para também entrar na produção do vinho.
O investimento em vinícolas – que já são 12 em São Joaquim -, virou um prazer pessoal para alguns grandes empresários do estado.
Começou com Dilor Freitas, com a Villa Francioni, em 2000 e depois vieram outros como Wandér Weege (Perícó), para citar alguns, pois constatou-se que ali há um excelente terroir.
Sua vinícola também terá uma vila
Domini adquiriu 52 hectares (Fazenda Vista Alegre, do publicitário de Florianópolis, Gastão Campos) a 12 quilômetros do centro de São Joaquim e começou a plantar os vinhedos. Até 2019 pretende concluir seu projeto (Vinícola Vivalto), que é a construção da vinícola propriamente dita, uma pousada, com heliporto, anfiteatro, mirante e até capela para realização de eventos, como casamentos, e uma vila com cerca de 12 moradias para vender para amigos e amantes do vinho que tenham helicóptero para se deslocar até ali.
É uma vila, num conceito que ele foi buscar no Chile, onde esses moradores podem compartilhar os vinhedos, acompanhar todo o processo de produção e até engarrafar e rotular seu próprio vinho.
Por isso que as moradias são limitadas para poucos privilegiados. Ele se diz apaixonado pela Serra e garante que o “serrano, de tanto a vê-la, não consegue mais enxergar todo o seu potencial”.
E, como ele viu, parece estar disposto a dedicar-se de cabeça em São Joaquim.
A primeira de suas propostas é conseguir o selo de certificação por origem do vinho produzido na região.
Quem diria, foi com a maçã que São Joaquim ganhou o país e teve a primeira expansão de sua economia. Agora é com o vinho que experimenta o seu segundo boom de desenvolvimento.