Sindicatos de servidores se reúnem essa semana para discutir proposta

 

Na semana passada, representantes dos três sindicatos dos servidores da prefeitura estiveram reunidos com os secretários da Fazenda e da Administração para discutirem a reposição salarial desse ano. Os servidores estão pedindo uma reposição de 12% (o índice do INPC é de 11,28%) Dessa reunião saiu uma primeira proposta da prefeitura que não está sendo divulgada nem pelo poder público e nem pelas direções dos sindicatos. Eles deverão levar a proposta para análise em assembleias das categorias previstas para essa semana.

O objetivo de manter em sigilo é evitar a polêmica. O prefeito Elizeu também não quis adiantar a proposta, mas parece que tem boa vontade na busca pelo entendimento:

 

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“claro que a minha vontade é pagar o índice do INPC e mais um pouco. Mas, jamais eu vou fazer essa loucura”, disse ele.

Ele teme, entre outras coisas que, concedendo essa reposição, daqui a alguns meses não consiga pagar. Entre garantir o pagamento da folha ou fazer a reposição com risco de não conseguir pagar, ele prefere ficar com a primeira alternativa.

 “Não está fácil para ninguém”, disse ele, lembrando que o reajuste da folha em 12% representa um acréscimo em seu total de mais R$ 1,8 milhão.

Prefeitos estão temerosos com a situação

“Mesmo que demitisse todos os cerca de 300 comissionados não conseguiria alcançar esse valor,” garante, dizendo também que “sem os comissionados não conseguimos tocar a prefeitura”. Observa que todos os prefeitos estão temerosos com relação aos reajustes salariais, porque se ultrapassarem o percentual permitido estarão infringindo a Lei de responsabilidade fiscal “o que também é uma pedalada”. “E, se estão cassando a presidente por essa razão, imagina o coitado do prefeito”.

Para Elizeu, pode até haver alguém que conceda essa reposição, mas é temeroso: “quem quiser ganhar a eleição fazendo média com o funcionário público, pode até vencer, mas vai ser preso e cassado”, observou.

O fato dos sindicalistas estarem evitando a polêmica e até a interferência externa na negociação, não divulgando a proposta, é uma demonstração de que o objetivo é mesmo a buscar o entendimento, porque uma greve, nesse momento não é bom para ninguém.

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