Publiquei no CL

 

O tiro saiu pela culatra

 

 

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No município de Painel, cinco dos nove vereadores (Sílvio Antunes e Laercio – atual presidente da Câmara (PSD); Viviana e Jango Miranda (PP) e Bajú (PROS)) assinaram um pedido para instaurar Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o gasto excessivo da administração Flavio da Silva Neto, na aquisição de combustível e lubrificante no primeiro ano de gestão.

O pedido deu entrada na Câmara intempestivamente e foi aprovado sem contestação. Mas, na sessão seguinte (dia 30 de março), o líder do governo, Arilto Ribeiro, junto com o Juca (ambos do PMDB), com o apoio de Bajú (que arrependeu-se de assinar o pedido da primeira CPI) e, o vereador Ivonel (PSD), entraram com requerimento para a instauração de uma segunda CPI, desta ver para apurar a compra de combustíveis, tendo como alvo o último ano de mandato de José Belizário de Andrade (Tungo), em 2012.

 

Não entendi qual seria a manobra dos vereadores que articularam a primeira CPI uma vez que não apresentaram nenhum documento ou fato que embasasse a denúncia. A própria vereadora Viviane informou que se “baseavam em suposições”, mas não havia aí “qualquer maldade contra o prefeito”.

 

CPI do Mico

 

Assim, o tiro acabou saindo pela culatra, e estão chamando essa primeira iniciativa de “CPI do Mico”, pois conforme o Portal Transparência, a diferença de gastos com combustível nesse dois exercícios é gritante.

Enquanto em 2012 foram gastos exatos R$ 691.783,81 (com R$ 214.663,00 só para os veículos da Saúde e R$ 477.120,00 das demais secretarias), em 2013 totalizaram R$ 350.613,15 (com R$ 64.755,00 para atender a área da Saúde e R$ 285.858,00 o restante das secretarias).

Significa que em 2012 a prefeitura gastos R$ 241.170,00 a mais.

 

Conta a lenda que….

 

Há que se acrescentar que a quase totalidade do combustível foi fornecido pelo Auto Posto CBC Ltda, único do município, e nesse período estava arrendado ao cunhado do prefeito Tungo. Outro fato que acrescenta-se a essa história: o irmão do prefeito Flávio foi candidato a vereador pelo PP  e seu ferrenho adversário na campanha.  Não se elegeu e passada a disputa decidiu arrendar o mesmo posto para fornecer combustível à prefeitura. Até então, a prefeitura não licitava a compra de combustível, contrariando pareceres do Tribunal de Contas. Acabava pagando uma multa e continuava na mesma prática sob a alegação de que era o único posto da cidade.  Mas, tão logo Flávio conseguiu obter as certidões necessárias – acertando as contas da prefeitura – realizou a licitação, regularizando a situação. Resultado: o gasto caiu vertiginosamente. Só foi possível chegar a esses números agora, graças ao Portal Transparência, esse instrumento que está expondo as entranhas do poder. 

 

Leitor retifica informação

 

Alisson Andrade Arruda, retifica a informação acima, dizendo que  o antigo Posto Arruda que, em 2009 passou a se chamar Posto CBC,  foi arrendado para o senhor Claudio Borges de Camargo e o mesmo não possui nenhum parentesco com o ex-prefeito. Fica então ai o registro

 

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