Flores acha que tem de qualificar o turista
Algumas constatações do secretário de Planejamento, Murilo Flores a respeito da falta de água no litoral:
– “Você pega um local que tem 400 mil pessoas e no Ano-Novo vira um milhão, se você construir uma estrutura para um milhão e ficar ociosa o ano inteiro quem vai pagar é o contribuinte”.
– “A pergunta que a gente tem que fazer é qual o turismo que a gente quer? Se for esse turismo de massa como na ilha de SC não há infraestrutura que chegue”
– “A cidade não suporta um turismo baseado num gasto pequeno, mas ganha na qualidade.”
Em outras palavras: a Ilha de SC não é para pobre. Temos de deixar nossa capital para os ricos que vem de fora. Sinto-me ofendida por me ser proibitivo frequentar a capital do meu estado para dar lugar aos poderosos de fora.
Cobrança de pedágio
Cresce a ideia de cobrar do turista para visitar a ilha ou outras cidades do litoral, como já se faz na ilha de Manhattan, ou aqui no Brasil, em Fernando de Noronha. Pelo menos não sobra para nós à conta desse turismo desenfreado. E não digam que não temos uma alta conta. Se falta água para o turista, também falta para as pessoas que lá moram. Isso para começar.
O turista é um ser predador, sabemos disso: A não ser as praias de mar grosso que acaba limpando a areia, nas demais o lixo se acumula.
Costuma frequentar a praia da Daniela, em Florianópolis, e no ano passado me apavorei. A praia que era sempre limpinha, agora o lixo vem com as ondas e se junta ao jogado na praia. E parte desse lixo vinha dos navios que circulam pela nossa orla. Para onde você acha que vai o esgoto dos banheiros dos navios e barcos?
Só que, não concordo com a cobrança de pedágio. Acho que a taxa tem de ser paga nos hotéis e pousadas ou casas e apartamentos alugados na temporada. E por cabeça.
Alguma coisa tem de ser feita, pois para tudo há um limite.