Há quem defenda que a araucária está hoje livre da possibilidade de extinção. Os pinheiros se erguem majestosos pelos campos e grotas da serra catarinense e se proliferam. Só não há mais porque a legislação, muito rígida visando o controle da espécie, acaba por ser um impedimento para isso. Sabendo que uma vez que alcance meio metro, essa árvore passa a não ser mais de sua propriedade, pois não pode dispor dela a sua livre vontade. Então as pessoas tratam de arrancar de pronto. Seguramente se tivesse deixado por conta da mãe natureza estaríamos com trilhões de araucárias espalhadas pelos nossos pagos. Às vezes, a tentativa de preservação prejudica mais do que se deixasse que a natureza tomasse seu curso.

O vereador Gerson dos Santos levantou semana passada à necessidade de implantação do programa de Manejo Sustentável da Araucária visando ampliar a renda de famílias moradoras de áreas próximas a florestas e, também, tirar a araucária da lista de espécies ameaçadas de extinção.
Ele justifica seu propósito: “Nós queremos trazer novamente à tona a discussão sobre a extinção da araucária, para que ela volte a ser objeto econômico de pequenos produtores, para que eles possam fazer o manejo sustentável da mesma”. A araucária é um símbolo de nossa riqueza do passado e de um ciclo de desenvolvimento do município.
Quando, o governo do estado aguardava a chegada do dinheiro dos impostos da serra acima para fazer o pagamento do funcionalismo. Tal era o peso de Lages no contesto estadual. A riqueza de nossas florestas projetou Lages econômico e politicamente. Infelizmente foi uma exploração predatória, uma vez que dela nada ou muito pouco restou.
As inúmeras serrarias instaladas na região fecharam e levaram embora o dinheiro que levantaram para investir longe daqui. Mas, hoje os tempos são outros: a própria madeira da araucária não ocupa o mesmo local no mercado daquele tempo, em se tratando de sua ocupação na construção civil. Outras árvores fornecem hoje madeira mais leve, mas barata e melhor aplicável para a mesma finalidade.
Segundo o estudo realizado, resultantes de mais de 700 entrevistas feitas ao longo de 2010, técnicos da área conseguiram observar que o número de araucárias existentes hoje, é muito maior do que se imaginava mas, apesar disto, a restrição ainda é mantida, explicou Gerson. Conclui que já é tempo de se alterar algumas medidas ambientais altamente restritivas no estado. No que também concordo!
Vone esclarece
Só a título de esclarecimento e para contribuir, a três meses atrás, começamos a um processo de conscientização ambiental, inclusive com a distribuição de mudas de árvores na semana do meio ambiente. Neste meio tempo, entrei em contato com alguns ambientalistas, entre eles, o Deputado Valdir Colato, com a FATMA através do Gerente Willy Brun, bem como o sargento Scheneider da Polícia Ambiental,para discutirmos a questão das Araucárias. Primeiramente, estou artiulando uma reunião, com entidades ligadas ao meio ambiente e interessadas no tema. Posteriormente estarei marcando uma audiência pública que irá discutir sobre o cultivo e o manejo das araucárias.
Um abraço
Vone Scheuermann