Ontem até nem quis contestar a nota da prefeitura com relação ao caso do aluno que teve seu laudo médico alterado por solicitação da Secretaria da Educação, que indicava a necessidade de um professor auxiliar. Não o fiz, mas o repórter Daniel Goulart não deixou por menos.
Porque parece até chacota o que diz a nota fechando as ponderações:
"Quando constatada por laudo médico alguma deficiência que demande a disponibilização do professor auxiliar para o aluno, a Prefeitura providencia imediatamente a contratação. Atualmente, 199 estudantes da rede municipal de ensino recebem esse tipo de atendimento."
Isso porque: o primeiro laudo médico determinava que assim fosse, mas não o fizeram. Ao invés disso submeteram o aluno à uma segunda consulta, no mesmo médico, para alterar o primeiro laudo. A recomendação tinha sido confirmada também pelo psicólogo e pelo Conselho Tutelar que acompanhou o caso e constatou a necessidade, inclusive se revoltando com o procedimento da Secretaria da Educação.
Aliás, este caso só virou notícia justamente porque o médico foi coagido a alterar o laudo e sobre isso nada diz a nota.
Não houve alteração no diagnóstico feito pelo médico neurologista, garante Executivo de Comunicação da prefeitura
Executivo de Comunicação da prefeitura, Pablo Gomes, observa que não houve alteração do laudo conforme a família do menino teria informado. “O CID- Código Internacional de Doenças é o mesmo nos dois laudos fornecidos pelo neurologista”, explicou ele.
E quanto ao fato de que constatado o problema há o atendimento imediato por parte da Secretaria da Educação, ele não estrá dizendo inverdade, tanto que o aluno está inscrito no AEE- Atendimento Educacional Especializado – no contra turno e, tem ainda o acompanhamento de uma psicopedagoga do Paps – Programa de Atendimento Psicossocial.
O aluno em questão, explica ele, tem déficit de atenção e com oito anos ainda não consegue ler mas, no restante, age normalmente como qualquer outro de seus colegas de classe.






