Em 22 de junho a Comissão Intergestores Bipartite, sob a coordenação do secretário estadual da Saúde, Vicente Caropreso, sacramentou a decisão de dar uma nova configuração a estrutura do Samu em SC reduzindo a quatro o número de centrais de Regulação de Urgências.
Com isso, serão desativadas gradativamente quatro das oito centrais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, existentes hoje, uma delas de Lages. Ao que parece, um dos critérios foi o número de habitantes abrangidos por cada central. Sabemos que quando se trata do critério populacional, sempre acabamos saindo em desvantagem, visto que vivemos na região com menor densidade populacional do estado.
Pelo que consta da ata da reunião do CIB estas centrais serão reduzidas, mas as 24 unidades de Suporte Avançado continuarão ativadas. Todas as prefeituras já foram comunicadas das mudanças e colocadas em alerta, sem que se tivesse estabelecido uma data precisa de quando devem ocorrer.
O governo do estado já assinou termo aditivo ao contrato com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina estendendo-o para até 19 de dezembro de 2017, num valor de R$ 55 milhões. Mas também entregou a gestão do Samu ao Corpo de Bombeiros. Não se está entendendo, exatamente, no que implica a participação dos bombeiros.
Ninguém vai explicar e nenhum dos nossos representantes – seja o secretário Regional ou sejam nossos deputados, como Gabriel Ribeiro ou Carmen Zanotto – perguntaram o que isso significará em termos de alteração no serviço já prestado. Em vista do comunicado, os prefeitos trataram de elaborar documento que foi enviado ao secretário e ao governador solicitando a manutenção da central do Samu em Lages. Quando é para anunciar alguma medida governamental favorável sobram políticos para ocupar a mídia e falar a respeito, mas quando mexe com o sistema desfavoravelmente não aparece ninguém. É o que está acontecendo agora.
O que não entendemos é porque o governador não intercedeu em favor de sua terra natal junto à comissão, impedindo que a Central fosse transferida daqui. Ao invés de avançar, só retrocedemos em nossas conquistas.