“Esta crise na saúde, provocada pela epidemia de dengue e pelo avanço das doenças respiratórias, mostra que muitos municípios não estão cumprindo com suas responsabilidades. Em vez de melhorar suas estruturas de saúde e equipar os pronto-atendimentos, preferem encaminhar seus pacientes para municípios com hospitais de referência, pressionando as equipes médicas. É imprescindível examinar a rede de atendimento, a capacidade e eficiência dos municípios na administração dos serviços de saúde”, afirmou o deputado Vicente Caropreso (PSDB) durante a discussão mais aprofundada sobre a situação da rede de atendimento de urgência e emergência na saúde pública de SC, na Assembleia, com a presença da secretária da Saúde, Carmen Zanotto.
De acordo com o deputado, pacientes com quadros de saúde menos graves, que deveriam ser atendidos em pronto atendimentos municipais, acabam sobrecarregando as emergências dos hospitais. Ele destacou: “é uma correria de ambulâncias que vocês não imaginam”.
Zanotto concordou com o deputado, destacando que 75% dos pacientes que estão na porta das emergências dos hospitais “são azuis e verdes”, ou seja, apresentam quadros de saúde não emergenciais. Ela também enfatizou a necessidade de os municípios de médio e grande porte contarem com estruturas de atendimento médico adequadas.
“Não podemos aceitar a ausência de UPAs em cidades de grande porte e não se pode chamar de UPA uma estrutura que não conta com laboratório para realizar exames de sangue”.