Entidades empresariais lançam campanha de doação. Mas…. o quanto elas estão dispostas a doar?

Entidades empresariais e instituições representativas lançaram a campanha “Lages, Juntos Pela Vida”. O objetivo é arrecadar alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal e materiais de limpeza, para auxiliar as famílias que se encontram em uma situação de vulnerabilidade.

Esta é uma iniciativa necessária e urgente, que requer o apoio e a participação de toda a sociedade que poderá ajudar com a doação de cestas básicas prontas, alimentos não perecíveis avulsos, itens de higiene pessoal e de proteção, como máscaras e álcool em gel.

Como citou um colega jornalista, só coloco fé na boa intenção destes empresários quando nos informarem com quanto participaram ($)  para campanha. Lançar uma campanha para que a comunidade faça a doação é fácil, o que quero ver é com quanto estão dispostos a colaborar efetivamente.

4 comentários em “Entidades empresariais lançam campanha de doação. Mas…. o quanto elas estão dispostas a doar?”

  1. Essa campanha conta com o apoio e o envolvimento de Entidades representativas de diversos segmentos da sociedade, das quais fazem parte: ACIL, CDL, Fórum das Entidades, FACISC, ACATS, ROTARY, CREDCOMIN, Reunidas, COC, SINDICONT, Corpo de Bombeiros, PM, Procuradoria Especial da Mulher e Sindicato Rural de Lages.
    Contrapondo a ironia da jornalista ao afirmar que dará credibilidade à campanha somente após a revelação da participação financeira dos empresários vinculados às entidades envolvidas, é obvio que esses dirigentes contam com o apoio e a participação dos seus associados e colaboradores, e sabem que podem contar com a adesão de seus associados e seus colaboradores para uma ação tão dignificante como esta.
    A iniciativa dos dirigentes das entidades envolvidas merece o nosso aplauso.

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  2. Toda doação para ser benéfica a quem recebe precisa ser aceita não só pelo valor material, mas também, pelo valor moral e simbólico que representa. E ao doador será benéfica quando feita espontaneamente e sem esperar nada em troca.

    Essa iniciativa é válida, contudo, paliativa e parcial, focada pontualmente em dois dos efeitos resultantes da pobreza: a fome e a higiene.

    Outros efeitos da pobreza estão à vista de todos, tais
    como:
    falta de trabalho digno e renda;
    falta de roupas e calçados;
    falta medicamentos;
    falta de educação escolar;
    Falta de moradia, luz, água, gás, etc.

    Sem esquecer é claro, os efeitos negativos que o desnível econômico e social produzem na saúde física, psíquica e mental, baixando a moral e a auto-estima, tornando-os cada vez mais dependentes, seja pela:
    perda do poder de compra e de pagamento;
    exacerbada e sistemática elevação dos preços de produtos e serviços;
    inclusão dos nomes em cadastros de restrições a créditos, empréstimos e financiamentos;
    inclusão em processos de cobranças via judiciais.

    Infelizmente, parece que esse “cinturão de pobreza” tende a crescer, pois, se medidas desmedidas continuarem sendo praticadas, os resultados invariavelmente mostrarão acentuada divisão e exclusão sócio-econômica sobre os mais pobres, que passarão a ser meros espectadores da excessiva ganância e concentração de riqueza.

    A indagação que fica é:

    até quando suportarão medidas tão somente paliativas?

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  3. Essa demagógica campanha é um exemplo vivo do quanto nossas Instituições representantes de “classes” (a maioria da “elite” lageana), ignoram as políticas públicas de segurança alimentar: PAA, PNAE, Bando de Alimentos, Mesa Brasil…

    Porque simplesmente, não apoiam esses Programas??? Porque não doam recursos… se não de forma permanente… mas pelo menos com mais frequência… (podem até deduzir do Imposto- de Renda das suas Empresas) para um Fundo Municipal ligado ao CONSEA/Banco de Alimentos para que esses possam fazer o que estão preparados para fazer???

    E ainda vão jogar no lombo da endividada classe média a doação de recursos???

    Antigamente.. pelo menos… os Coronéis ajuntavam as migalhas das suas próprias mesas para distribuir aos famintos… E depois.. só depois.. pediam o voto deles…

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  4. Com todo respeito ao ceticismo da minha amiga Olivete, à visão socióloga do Professor João Kuster e ao tecnicismo do também Professor Rui Alvacir Netto, mas penso que há equívocos em suas interpretações.
    Não se trata de uma campanha demagógica, mas sim de uma ação ancorada na empatia e na sensibilidade de todos que abraçaram a causa.
    Não é certo pôr em xeque a campanha pelo fato de que não se sabe “quanto” os participantes de tal movimento vão investir.
    Como também não é certo, por conta da união de entidades, que buscam apenas estender a mão àqueles que, neste momento, precisam mais do que o Poder Público pode entregar, querer fazer cobranças de injustiças históricas que, diga-se, sempre existiram e continuarão a existir.
    Vejo apenas como um gesto de pessoas, integrantes dos mais variados segmentos da sociedade, buscando atender aqueles que, por conta da pandemia, estão em situação de extrema dificuldade.
    Que mal há nisso? Há décadas se realiza a importante Campanha do Agasalho, em Lages, e, jamais se viu alguém levantar suspeitas sobre ela.
    Antes, rogo a todos que contribuam!!!
    Depois, caso o apocalipse se instale sobre a campanha que ora é proposta, prometo que me unirei a todos para criticar!!!
    Meu respeito a todos!!!

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