Autorização para financiamento causou polêmica em Correia Pinto

Causou muita polêmica em Correia Pinto, na semana passada, os fatos envolvendo o projeto do executivo enviado à Câmara de Vereadores para aprovação de um financiamento de R$ 981 mil para a compra de maquinário pela prefeitura. Este projeto foi enviado pelo prefeito Celso Rogério (PP) à Câmara em julho.

Os vereadores aprovaram, mas acrescentaram uma emenda em que estabelecia que o empréstimo teria de ser quitado até dezembro de 2020, ou seja, até final do mandato da atual administração. Obviamente que o prefeito vetou esta emenda e o projeto voltou à Câmara para que o veto fosse apreciado.

Fato inédito, pois não tenho conhecimento de nenhum outro projeto desta natureza que tenha recebido emenda. Muito mais ainda que um valor muito maior que este, de R$ 3,8 milhões (mesmo financiamento feito pela prefeitura de Lages de R$ 35 milhões da Finisa) destinado a pavimentação de 20 ruas, tenha passado sem problemas pela Câmara.

Mas, segundo argumentou a presidente da Câmara, Beatriz Mesquita (MDB) a prefeitura até ameaçou levar os agricultores e a população para a sessão, visando pressionar os vereadores a manter o veto. A justificativa da vereadora é de que, como o financiamento tem uma carência de 12 meses, ele só começará a ser pago pela próxima administração. E, já há outros compromissos a serem cumpridos, com o caso dos precatórios. Possui cerca de R$ 5,8 milhões em precatórios a serem pagos.

A sua companheira de bancada, vereadora Lúcia Ortiz (MDB) que também foi secretária da Educação na gestão passada, lembra que o atual prefeito recebeu 78 veículos (destes 24 apenas da Educação) com tanque cheio e “engraxados”, e há documento protocolado de como deixaram a frota. Quer saber porque não foi feita a manutenção da frota, uma vez que a pasta da Saúde, segundo a vereadora Beatriz que dirigiu o setor na gestão passada, tinha adquirido seis veículos apenas com recursos da saúde e “hoje a frota da saúde foi terceirizada”, disse ela. Lúcia Ortiz questiona o prefeito, porque quando ele assumiu haviam um saldo em caixa de R$ 4,6 milhões em caixa.

“A receita líquida do município é de R$ 3,9 milhões/mês. Com este valor, porque não comprou uma máquina por mês, conforme foi pregado em campanha?” indagou. Citou que a prefeitura pagou só de hora/máquina R$ 502 mil e com este dinheiro poderia ter adquirido as máquinas necessárias.

 

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