Não há leitos psiquiátricos em Lages e região

O Hospital Nossa Senhora dos Prazeres até há alguns anos atrás possuía uma ala (São Luiz) para atendimento psiquiátrico, com 23 leitos disponíveis e estava constantemente lotado. Sob alegação de que não contava com recursos para manter esta ala e fazer as adaptações e reformas necessárias, as irmãs da congregação Divina Providência decidiram por fechar a ala e demolir a edificação.

Na semana passada o vereador Pedro Figueredo (PSD) levou o caso à Câmara solicitando às autoridades locais que instale nova ala psiquiátrica para atender as pessoas que precisam deste atendimento. Na exposição de motivos ele fez um relato de como hoje são encaminhadas as pessoas que precisam de atendimento mental.

“Considerando que o município está estruturado com três Centros de Atendimentos Psicossocial (CAPS), sendo o CAPSi, que atende crianças e adolescentes portadores de transtornos mentais e transtornos decorrentes do uso abusivo de álcool e outras drogas, o CAPSad que realiza tratamento para adultos portadores de transtornos mentais decorrentes do uso abusivo de álcool e outras drogas e o CAPS II, que presta atendimento a adultos portadores de transtorno mental severo e persistente. Em caso de pacientes que apresentam sinais de surto, como alterações repentinas de comportamento, alucinações, delírios e reações desproporcionais à realidade, os internamentos acontecem no Pronto Atendimento e após o surto, há um leito no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, para a fase aguda. Quando o paciente não apresenta mais sinais de surto, mas pode sofrer uma recaída, mas ainda o internamento é o último recurso e só acontece em casos de urgência, mesmo assim, essas pessoas que necessitam do atendimento estão em casa aguardando leito para psiquiatria,” explicou.

Obviamente que nem todas as famílias tem condições de dar o atendimento adequado a estas pessoas, “e o Estado tem o dever de garantir o acesso aos serviços que garantem a saúde e a vida”, cita o vereador. As famílias precisam ir em busca de leitos em outras cidades e são poucos os locais que os possuem. Isso sem contar que ao se deslocar para outros municípios, há necessidade de acompanhamento gerando mais custo e transtornos às famílias. Lembramos que além da ala São Luiz, no HNSP, o Hospital São José de Bocaina do Sul era referência nesta especialidade, mas acabou sendo fechado pela Vigilância Sanitária.

A Unidade está sendo negociada por um grupo de médicos com a Mitra Diocesana, proprietária do Hospital, mas até agora não há novidade quanto a isto. O hospital de São Joaquim também se mostrou interessado em passar a oferecer a especialidade, mas em ambos os casos as negociações não avançaram. Agora, o vereador Pedro Figueredo trouxe o assunto novamente à tona.

 

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