É certo que os quatro vereadores que fizeram a sugestão não têm a mais vaga noção da extensão de sua proposta, ou seja: o total das áreas hoje pertencente ao município dentro da área urbana. Nem mesmo a administração tem condições de responder, de pronto, sem antes fazer o levantamento. A proposta dos vereadores Osni Freitas (PDT), Jair Junior (PSD); Amarildo Farias (PT) e Ivanildo Pereira (PL) é de que o executivo leiloe os terrenos públicos municipais para custear as obras de infraestrutura, em especial a pavimentação das ruas. Argumentam que gastos com obras de infraestrutura representam, na verdade, importantes investimentos para o município, com diversos benefícios para a população, o governo e o setor privado. Diretamente, as pessoas envolvidas nessas obras de infraestrutura contribuem para a movimentação da economia, por meio de empregos formais cujos contratos são de média a longa duração.
“Além disso, também ocorre a geração de emprego em sua forma indireta, já que atividades paralelas às obras de infraestrutura são demandadas nessa região”, dizem eles. Citam como exemplo o setor de serviços (alimentação, transporte, comunicação etc.), bem como o setor primário, por meio da produção e beneficiamento de matéria-prima como insumo para as obras. Considerando que, o nosso município necessita de grandes obras de infraestrutura principalmente na parte de asfaltamento e obras de saneamento básico.
De outro lado, “o município possui terrenos vazios os quais estão sem ocupação, bem como terrenos doados que devem retornar ao município devido a não utilização para os fins a que foram doados”, justificam, sugerindo que seja realizada busca em terrenos disponíveis de propriedade do Município em que não haja projeto de construção de imóveis públicos e proceda a alienação dos mesmos através de licitação à toda comunidade, a fim de custear obras de infraestrutura.
Acha justo que a prefeitura leiloe áreas como esta da antiga rodoviária para asfaltar ruas?
Os vereadores observam que isso já foi feito em Criciúma. Acho uma solução muito simplista para um problema que pode ser resolvido de outra forma, desde que haja determinação do governante. A solução para a pavimentação das ruas pode ser resolvida até mesmo com o sistema já utilizado da fábrica de lajotas, contando com a participação da comunidade beneficiada.
Não se justifica que o município se desfaça de seu patrimônio para uma solução temporária. O corte tem de ocorrer nas despesas, especialmente da folha de pagamentos. O prefeito Ceron até que tentou reduzir o número de comissionados, mas não conseguiu o resultado esperado.