CPI questionou funcionários sobre o desvio de medicamentos e fechamento de leitos

A CPI do Pronto Atendimento realizou na quarta-feira e ontem (13) as últimas oitivas, ouvindo sobretudo os funcionários que têm acesso ao almoxarifado para levantar, especialmente, a utilização dos medicamentos controlados, já que existe uma investigação policial em andamento apurando o desvio. Pelos depoimentos obtidos, se constatou que até fevereiro deste ano não havia controle da saída destes medicamentos. Todos os técnicos em enfermagem que atuam no Tito Bianchini tinham acesso a eles, e só um levantamento feito quando a farmacêutica recém designada fez um inventário, se constatou que não havia ali a quantidade dos remédios descrito. Mas, foi somente no final de fevereiro que as responsáveis determinaram que fosse feito o confronto das informações da saída dos medicamentos com os prontuários dos médicos. Feito isso, contataram que os números não fechavam. O processo então foi alterado e hoje só saem mediante a receita do médico. As depoentes também repassaram informações sigilosas.

Além da questão dos medicamentos, a comissão ouviu enfermeiras do Hospital Tereza Ramos, uma vez que na segunda-feira haviam 19 pessoas no Pronto Atendimento aguardando leito e quando os vereadores da CPI estiveram lá às 22 horas, questionaram o hospital e apareceram pelo menos dois leitos disponíveis. Obviamente que estes leitos não foram liberados apenas naquela hora da noite. O que disseram é que todo o problema se refere a falta de funcionários no hospital. No 5º andar apenas três profissionais estavam atendendo e no 3º andar outros cinco. Sem funcionários, mesmo com leitos disponíveis, não há como receber novos pacientes. A esperança é que já estão sendo chamados novos profissionais até o mês que vem, que deve amenizar a falta de pessoal. Só no 5º andar serão abertos mais oito leitos, ficando 16 disponíveis. Mas tudo depende da contratação anunciada.

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