Expectativa agora é que o prefeito faça mudança no secretariado

Dos 18 municípios da Serra, em apenas dois, o candidato do PSD, Gelson Merísio obteve mais votos que governador eleito, Comandante Moisés: em Cerro Negro (fez 59,45% dos votos contra 40,55% para Moisés) e São José do Cerrito, onde Merísio fez 53,64% dos votos contra 46,36% do candidato do PSL.

E foi em Urubici e Palmeira onde o Comandante Moisés teve os maiores percentuais de votos: Urubici: 74,28%; Palmeira: 74,03%; sendo que Otacílio Costa (73,33%), ficou em terceiro lugar. Em Lages, Moisés levou 67,23% dos votos válidos contra 32,77% do candidato do prefeito Antônio Ceron, Gelson Merísio.

Este fez exatos 28.471 votos, 7.361 a menos do que fez no primeiro turno (35.832 votos).

Obviamente que não foi por causa da declaração do deputado estadual Gabriel Ribeiro que acabou caindo a votação de Merísio, mas é claro que pesou o fato de que muitos dos seus partidários abandonaram o barco.

Embora reiterasse o voto a Merísio, o ex-governador não fez campanha para ele e não sei até se realmente votou no segundo turno.

O prefeito Ceron, embora também permanecesse fiel a Merísio, não colocou seu bloco na rua, como fez no primeiro turno.

Ficou claro o descontentamento do serrano com o governo do PSD em nível estadual e também mandou um alerta ao prefeito Ceron que precisará reinventar sua administração para poder chegar até 2020 com chances de se reeleger ou eleger seu sucesso.

Esta onda da virada, acredito, terá sequência nas eleições municipais e dependendo do desempenho do governo estadual até lá, pode ter consequências arrasadoras. Há que se pensar bem para se lançar os candidatos em 2020 porque terá de ter um perfil diferente daqueles governantes que já tivemos até aqui.

Em termos de Lages, o questionamento agora é se Ceron fará mesmo o necessário ajuste de seu secretariado e tire dos que ficam o ranço de autoritarismo que alguns ainda conservam.  

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