Na quinta-feira passada o secretário estadual de Saúde João Paulo Kleinübing se reuniu com os secretários municipais da área quando informou da necessidade de efetuar cortes, na casa dos 25%, dos repasses do estado aos municípios.
Ano passado município gasto 23% do orçamento com saúde
Segundo informação recebida, o estado, já no ano passado investiu valores abaixo do previsto em lei. Ao invés dos 12% previsto para a saúde, chegou a apenas 10,5%, o que fez com que os municípios acabassem por designar um percentual muito além dos 15% previstos. A ano passado a saúde levou 23% do orçamento do município de Lages, pois a população cobra da prefeitura quando falta o remédio, os laboratórios não são pagos ou não conseguem uma consulta médica.
Esse ano o estado ainda não repassou nenhum recurso aos municípios
Só para Lages este valor é superior a um milhão. Nessa reunião, Kleinübing informou que estará liberando a parcela de janeiro nesta terça-feira, mas as parcelas do cofinanciamento referente aos meses de fevereiro, março e abril, não há nem previsão. Esse dinheiro cobre as despesas com a atenção básica, farmácia básica e vários outros programas de atendimento.
O financiamento à saúde é bancado em parte pelo governo federal, governo estadual e a contrapartida do município.
A união está em dia com o repasse, segundo o que me informei. E, como não bastasse isso, no caso do município de Lages, a Secretaria de Saúde estava se organizando para fazer as cirurgias eletivas – numa programação que iniciava agora e ia até dezembro – para reduzir a fila de espera que só nas áreas de ginecologia, ortopedia e de cirurgia de adenoides, são 1.200 pessoas na lista.
Na reunião de quinta-feira o secretário também suspendeu os recursos do estado para esse fim.