Conselho tomou medidas drásticas para conter os abusos e salvar instituição

 

 

A divulgação da Carta Aberta do presidente do DCE da Uniplac, Jair da Costa Teixeira Júnior, acabou trazendo à tona um fato que estava sendo mantido em sigilo pela direção: a equalização de sua folha de pagamentos para o enfrentamento da crise.

 

 

Kako.jpg

 

Não foi sem razão que o Conselho da Administração chamou o professor Carlos Eduardo de Liz (Kako), para executar as mudanças necessárias e readequar a instituição à realidade do país.

 

 

uniplac_2013_4_.jpg

 

Já em Ata Normativa, datada de 18 deste mês, o presidente do conselho expôs a situação da instituição e determinou medidas drásticas. A constatação é de que “houve queda no número de ingressos de novos alunos na Uniplac no 1º semestre de 2016"  que, aliada a dificuldade financeira que atravessamos, acaba por acionar o sinal de alerta para que a Uniplac não volte a situação falimentar pela qual praticamente acabou de sair.

 

 

Sempre soube-se que uma das questões que levou a Uniplac à crise financeira foram os altos valores das ações trabalhistas e os salários exorbitantes pagos há alguns professores. Fala-se em alguns casos em que chegam a R$ 35 a 40 mil.

 

 

 

Para uma instituição como a Uniplac, que se diz comunitária, é simplesmente inaceitável. 

 

Walter_1.jpg

 

Ainda quando o interventor Walter Manfrói assumiu a função, tentou mudar essa realidade, mas pelo visto, não conseguiu. Só foi agora, quando a água começa a bater nas canelas, é que o conselho decidiu por fazer o que seria inadiável. Pelo ato normativo cancelou-se todas as contratações e foi determinada a revisão de todos os salários.

 

 

Luiz_Carlos_Pfleger_3.jpg

 

A começar pelo do reitor Luiz Carlos Pfleger que, dizem, percebia R$ 32 mil. Salário só equiparado ao de Presidente da República, ministro do STF ou senador. Foi reduzido a R$ 9 mil e mesmo assim, um salário alto para os padrões de Lages. Para chegar a isso a instituição demitiu todos, incluindo os coordenadores de curso e recontratados por valores mais realistas.

 

 

O desabafo do presidente do DCE chegou quando a medida já havia sido tomada, mas serviu para trazer a público uma realidade que a sociedade nem tomaria conhecimento se não fosse por isso. Só nos resta então parabenizar o conselho e as pessoas que, como Carlos Eduardo de Lins, estão à frente desse processo corajoso e necessário. Seria muita hipocrisia nossa achar que a moralização tem de se dar apenas no âmbito do governo. Ela tem de nos acompanhar também em nossas ações de todo o dia, e especialmente dentro de nossas instituições.

 

Deixe um comentário