Certo dia um carpinteiro que fazia carroceria, decidiu abandonar essa atividade e passar a fazer sorvete na região mais fria do país. Você acreditaria que essa seria uma receita de sucesso?
Pois é, mas Moacir Schaufler apontou nela e, em menos de duas décadas, sua empresa cresceu tanto que é a primeira na fabricação de picolé do país, além de produzir toneladas de sorvete e terceirizar a produção de 250 empresas. Consome cinco toneladas de chocolate por dia (fabrica seu próprio chocolate) e tem sua própria frota de veículos para entrega (60 caminhões). Só de leite, consome 20 mil litros por dia e faz questão de adquiri-lo aqui mesmo no estado.
Esse ano pretende chegar aos cinco mil pontos de venda no país e já negocia com uma empresa norte-americana, apostando que em 2016 estará vendendo seus picolés para os brasileiros que estiverem visitando a Disney World, em Orlando, lá na Flórida.
Estamos falando de uma empresa genuinamente lageana, a Superfrut, que produz 200 mil produtos (picolé e sorvete) por dia e as perspectivas de crescimento são imensas. Pois, o consumo de sorvete/picolé no Brasil ainda é muito pequeno se comparado a outros países: não chega a seis litros por ano, enquanto que na Argentina é de 12 litros/ano e no Chile de 18 litros/ano. O que recebeu de incentivo: a concessão de um terreno de 15 mil metros quadrados, onde construiu sua fábrica.
Outros exemplos se somam à história de Moacir Schaufler, como de Assis Strasser, que iniciou a produção de máquinas pesadas ali em Campo Belo e hoje já exporta para o mundo.
E não são os únicos. Existem outros. Eles são a prova de que podemos e temos aqui empresários a altura dos melhores do país. Basta um pouco de incentivo e, para isso, nossos governantes precisam focar um pouco nas potencialidades locais ao invés de correr o mundo suplicando que invistam aqui. Louvamos também as iniciativas como do Correio Lageano, que através do Sede Serra está permitindo que conheçamos um pouco do que é feita a nossa economia local.