As informações sumiram do Portal Transparência

 

Presidente da Câmara anunciou devolução de verba, mas não há mais informações para averiguar dados

 

 

 

 

Destacando que desde a primeira vez que assumiu a presidência da Câmara seu objetivo era economizar os recursos destinados ao legislativo, devolvendo parte do orçamento ao Executivo, o vereador Anilton Freitas anunciou segunda-feira que estava devolvendo exatos R$ 1.714.936,31.

 

 

Não há dinheiro a devolver

 

 

Tenho a dizer, primeiro, que não há dinheiro a devolver porque mensalmente é feito uma estimativa de gasto do legislativo e com base nisso o executivo faz o repasse do dinheiro. Em média foram repassados R$ 800 mil /mês para a Câmara.

 

O que Anilton fez questão de ressaltar é que ficou comprovado “que mesmo com o aumento do número de vereadores íamos manter os mesmos gastos. Tudo o que a Câmara oferecia a 12 vereadores ofereceu a 19 e ainda conseguimos economizar”, diz Anilton.

 

“Neste ano (2013) o legislativo conseguiu economizar o dobro do ano passado”, acrescentou ele. 

 

 

 

Com crédito suplementar, orçamento subiu para R$ 9,6 milhões

 

 

 

Só que esqueceu de dizer que do orçamento de 2012, de R$ 6,5 milhões, subiu para R$ 7,60 milhões esse ano (que essa semana foi alterado e aparece no portal R$ 8 milhões previstos no orçamento, mas o crédito suplementar de R$ 1,6 solicitados no início desse ano, totalizando R$ 9,6 milhões).

 

 

 

Números manipulados

 

 

Portanto não é verdadeiro que “mesmo subindo de 12 para 19 vereadores o gasto se manteve. Houve também manipulações nos números divulgados. Sumiu do portal transparência os restos a pagar de R$ 381 mil que constavam das despesas até pouco antes do fechamento das contas do ano.

 

Mais sintomático ainda é que sumiram todas as informações do portal. Constam apenas o total do orçamento e total das despesas, sem nenhum detalhamento. Sequer sabemos quantos e quais são os funcionários do legislativo.

 

Do portal só consta o funcionário Valdemir Bachmann, como demitido, sem sequer o valor da indenização paga. Os números que antes estavam maquiados, agora simplesmente foram eliminados.

 

 

Dados camuflados

 

 

São informações como essa do crédito suplementar e dos restos a pagar que acabam por camuflar os números reais para se chegar ao resultado desejado, que no caso é mostrar que houve economia. Pois então, eu desafio o presidente: para contestar o que estou dizendo, que autorize a publicação de todos os itens que deveriam estar lá no portal transparência para, encima deles, aí sim, poder comprovar o que disse.

 

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