Juliano Polese

 

 

“É apenas uma investigação”

 

“Há apenas uma investigação e nada mais do que isso. E, se porventura for oferecida denúncia iremos então esclarecer a situação”, disse ontem o ex-secretário da saúde, hoje vereador Juliano Polese, com relação ao relatório da Polícia Federal apurando denúncia de compra de oxigênio com sobrepreço e a compra excessiva de pavers.

 

Lembra que Pinheiro também foi ouvido

 

Em entrevista a Rádio Clube, ontem, ele disse que é uma questão meramente política, com intenção se atrapalhar a candidatura do ex-prefeito Renatinho.  “E teve muito mais pessoas, além dos quatro citados, que foram ouvidos pela Polícia Federal, entre eles o ex-vice-prefeito Luiz Carlos Pinheiro que homologou – tinha assumido interinamente o cargo de prefeito – a licitação da compra do oxigênio”, disse Polese.

 

“Concorrência baixou o preço”

 

Ele argumenta que a diferença de preço do oxigênio – comprado por R$ 128,00 cada carga de 7 quilos, quando hoje é adquirida por R$ 43,80 – se deve a uma “briga comercial”, uma vez que existem duas a três empresas na disputa e entraram outras no mercado que fizeram com que o preço do metro cúbico do oxigênio baixasse de preço.

 

O juiz por testemunha

 

A mesma empresa que cobrava R$ 120,00  ainda em 2012 baixou para R$ 53,00, garantiu ele. Como prova de que o processo foi legal, Juliano diz que quando da licitação “uma das empresas concorrentes questionou  na justiça e o juiz Silvio Orsatto constatou que o processo foi realizado de forma correta”.

 

Diz ainda o ex-secretário que tanto isso é verdade que se for consultado, na tabela oficial o preço utilizado pela Caixa o metro cúbico do oxigênio estaria em R$ 14,83 que seria o que paga as demais prefeituras de municípios vizinhos.

 

Segredo de justiça?

 

O vereador Juliano Polese questiona a divulgação da matéria, alegando que a investigação estava correndo em segredo de justiça, mas segundo consulta feita, se trata de um documento público.

Para quem acompanha diariamente a imprensa estadual e nacional,  acha natural que fatos como esse venham à público. Há sempre o acompanhamento da imprensa de todo o processo e investigação de atos administrativos e, o questionamento nunca é se a imprensa pode ou não divulgar os fatos – que, aliás, é o seu papel -, mas o seu teor.

Estranhamento aqui se prega a censura da imprensa. Há uma inversão de valores na tentativa de dispersão da atenção de quem acompanha os acontecimentos.

Deixe um comentário