Agenda dos júris da próxima semana

No período que compreende os dias 4 e 8 de novembro, as comarcas catarinenses têm pautados diversos processos para julgamento pelo Tribunal do Júri. Entre os casos agendados há o de um homem acusado de matar a companheira e ainda ter tentado simular o suicídio da vítima. Em outro, o réu teria matado um casal por vingança e atentado, na fuga, contra a vida de outra pessoa. Em um caso de feminicídio, o suposto autor do crime teria matado a mulher na presença do filho dela. Em outro fato, o réu, por suspeitar que a vítima teria assaltado a casa de seus pais momentos antes, teria atirado contra ela. Abaixo, um resumo das ações em destaque:

4/11 – Em Joinville serão julgados três acusados de tentativa de homicídio contra um vizinho de um deles. Consta nos autos que os réus faziam churrasco na garagem do prédio, quando a vítima chegou e iniciou uma discussão. O trio foi até a quitinete do homem. Um empurrou ele até o sofá e o outro efetuou os golpes de faca, enquanto o morador incentivava e orientava os comparsas, sempre segundo denúncia do MP. A vítima foi socorrida a tempo de se recuperar. O crime foi registrado em 4 de maio de 2015, por volta das 22h, no bairro América (Autos n. 0007628-58.2015.8.24.0038).

5/11 – Um homem será julgado pela suposta participação em dois homicídios e uma tentativa de homicídio qualificada, em Florianópolis. A denúncia do Ministério Público aponta que, no dia 23 de outubro de 2023, no bairro Carianos, o acusado teria atentado contra a vida de um casal. Após tocar a campainha, o suspeito teria atirado e supostamente matado a mulher e deixado o homem ferido. Na fuga, ele teria atirado em um segundo homem, que também morreu. A motivação seria uma suposta vingança pela morte do irmão do réu ( Autos n. 5119749-08.2023.8.24.0023).

5/11 – Na comarca de Rio do Campo, no Alto Vale do Itajaí, um réu será julgado por homicídio qualificado pelo motivo fútil e feminicídio, agravado por ter sido cometido na presença de ascendente, além dos crimes conexos de ameaça, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e furto pelo Tribunal do Júri. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), no dia 22 de outubro de 2023, no interior da residência situada na localidade de Rio Azul, o acusado teria matado sua companheira mediante disparo de arma de fogo que atingiu o rosto da vítima, na presença do filho dela, que também teria sido ameaçado de morte no local. O delito, em tese, foi praticado após uma discussão sobre uma possível traição do denunciado, que não acatou o pedido da vítima para sair da casa do casal. Segundo a denúncia, o réu não possuía registro da arma usada no crime e naquela noite ainda teria furtado um capacete em outra residência. (Ação em segredo de justiça).

6/11 – Na comarca de Imbituba, no Sul catarinense, um homem será levado a júri popular acusado de tentar matar o tio. De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, o réu teria desferido golpes de enxada e martelo na cabeça da vítima por, supostamente, estar insatisfeito com a posse do terreno exercida pelo parente. A tentativa de homicídio ocorreu em janeiro de 2024 e é qualificada pelo motivo fútil. ( Autos n. 50001181520248240030).

6/11 – Três homens se sentam no banco dos réus na comarca de Laguna sob a acusação de homicídio triplamente qualificado e corrupção de menores. Conforme consta na denúncia, os acusados teriam tirado a vida da vítima mediante reiterados golpes de socos, chutes e ainda com um pedaço de madeira na face e no rosto. Junto com eles estava um menor de 17 anos de idade. O crime ocorreu em maio de 2023, próximo a uma boate, local onde um dos réus e a vítima teriam se desentendido após uma troca de olhares. ( Autos n. 50047716420238240040).

6/11 – Dois réus, um homem e uma mulher, serão julgados por um homicídio qualificado ocorrido em 22 de dezembro de 2022 no bairro Valparaíso, em Blumenau. Segundo denúncia do MPSC, a irmã afetiva e o companheiro da vítima teriam desferido golpes com uma arma branca no rosto e na região torácica da vítima, ocasionando a morte da vítima dentro da casa onde moravam. O homicídio foi cometido, em tese, por motivo fútil, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Segundo consta na denúncia, a dupla ainda teria saído do local do crime e retornado horas depois, quando alteraram a cena do crime, sob o pretexto de que estariam tentando prestar socorro à vítima. (Ação em segredo de justiça).

6/11 – O Tribunal do Júri Araranguá irá jugar um homem acusado pelo crime de homicídio qualificado pelo meio cruel, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. A denúncia cita que, em meados de maio de 2017, por conta de uma suposta dívida de drogas, o acusado teria cravado uma faca no pescoço da vítima, que tinha uma das pernas amputada na altura do joelho e estava deitado da cama, indefesa e desarmada, a atingido diretamente na artéria carótida. ( Autos n. 00039714520178240004).

7/11 – Na comarca de Lages , o Tribunal do Júri julgará quatro homens acusados de duplo homicídio triplamente qualificado pelo motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de fogo. De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, os acusados e uma das vítimas integravam uma organização criminosa. Por um suposto relacionamento amoroso entre a ex de um dos réus e essa vítima, a morte do homem teria sido decretada. O grupo, acompanhando por dois adolescentes, foi até a cidade de Bocaina do Sul, para onde as vítimas haviam se deslocado, e lá teriam efetuado inúmeros disparos e ainda ateado fogo no carro estavam. Os crimes ocorreram em 23 de setembro de 2022. ( Ação em segredo de justiça).

7/11 – O Tribunal do Júri da comarca de São Joaquim , na Serra, julgará um homem acusado de matar a companheira em Urupema, em 31 de dezembro de 2014. Ele ainda teria tentado simular o suicídio da vítima. Consta na denúncia que o réu desferiu um disparo de espingarda contra a mulher na casa onde moravam. Após atirar, o homem teria introduzido uma faca no local do tiro, alargando o orifício e ainda colocado o objeto na mão esquerda da vítima para simular um suicídio. O objetivo, em tese, seria induzir as autoridades a erro em relação a autoria do delito. Além do homicídio, o acusado responde pelos crimes de fraude processual e posse ilegal de arma de fogo. ( Autos n. 00002426220168240063).

7/11 – O Conselho de Sentença julgará um homem suspeito de praticar o crime homicídio qualificado contra um adolescente, de 17 anos, em novembro de 2023, no Largo da Alfândega, em Florianópolis. De acordo com a denúncia do Ministério Público, a vítima jogava bola com uma amiga e um amigo quando o acusado teria feito insultos sexuais contra a jovem. A vítima teria discutido com o acusado. O réu teria esperado o adolescente se afastar dos amigos para desferir um golpe de faca no peito, que resultou na morte (Autos n. 5110879-71.2023.8.24.0023).

8/11 – Ocorrerá o julgamento do acusado de atirar contra um homem, suspeitando que ele teria assaltado a casa de seus pais, momentos antes, no bairro Efapi, em Chapecó. A acusação é de homicídio qualificado por impedir defesa da vítima e posse de arma de fogo. Foi na manhã de 8 de agosto de 2020, segundo a denúncia, que o réu teria ouvido pedidos de socorro vindos da irmã dele, informando que havia dois homens dentro de casa e eram ladrões. Quando o acusado olhou, viu os dois homens fugindo para o mato. Foi então que teria pego o carro e seguido até uma casa abandonada, onde acreditava estariam os suspeitos. Após disparar contra o imóvel, a vítima saiu correndo quando foi atingida. No entanto, não teve participação no assalto (Autos n. 5024451-09.2020.8.24.0018).

5 comentários em “Agenda dos júris da próxima semana”

  1. Eu disse “grande parte”, nao parte total. E nao, o mérito de uma classe, em um recorte local, significa muitas coisas, nesse fenômeno social, mas nunca que Lages é pior que outra cidade em termos de violência em SC, homicídios per capita etc e júris a serem realizados, até esmo porque em favelas do litoral polícia sequer entra em cena de crime e o fenômeno da cifra negra é alto, sequer sai do MP e vai ao judiciário, pois muito é abafado por arquivamentos.

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